Não tens vergonha? Depois de tudo o que eu fiz por ti? Fui buscar-te àquela miserável pilha de papel onde te largaram ao abandono, ali entalado entre o “Ruca procura a sua meia” e uma porcaria qualquer do Nicholas Sparks.
Durante um bom punhado de anos fui mordomo do Halloween na minha rua. Para quem não está familiarizado com o termo, além de ser a pessoa que serve os ricaços nos filmes ‒ e, às vezes, os envenena – , mordomo designa também a pessoa que assume a responsabilidade de organizar uma festa popular.
O meu avô Jerónimo era de Elvas e foi contrabandista. Não de amor e saudade ‒ como reza a cantiga ‒, mas de outros bens mais facilmente transacionáveis como café, carne, café e…
Tenho a firme convicção de que 90 por cento dos problemas do mundo se resolvem com soluções oriundas da indústria do sexo e o Orçamento do Estado para 2021 não é exceção. Como? Já lá vamos, que primeiro é preciso explicar a embrulhada em que esta gente nos meteu.