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Vegetariano e corredor – Parte I

Vegetariano e corredor - Parte IOs motivos que levam a alguém a tornar-se vegetariano podem ser muitos mas destacamos sobretudo os mais frequentes: respeito pelos animais, religião ou idêntica, busca de uma alimentação mais “natural” e uma questão de preferências alimentares. Mesmo sendo um assunto muito discutido e uma abordagem bastante frequente entre atletas de endurance, mesmo de elite como Scott Jurek, ainda levanta muitas questões e dúvidas. Se tem pensado no assunto e já ponderou essa possibilidade, primeiro leia esta colecção de artigos nas próximas semanas.

O vegetarianismo é um regime alimentar que elimina parcial ou completamente alimentos de origem animal. Os tipos de vegetarianismo distinguem-se precisamente pela natureza destas exclusões, em todos o elemento comum passa por não comer nem carne nem peixe:

  • Ovo-lacto-vegetarianismo – o indivíduo bebe leite e come os seus derivados e come ovos assim como produtos alimentares que tenham esses alimentos nos ingredientes
  • Lacto-vegetarianismo – apenas bebe leite e ingere os seus derivados mas não come ovos
  • Ovo-vegetarianismo – come ovos e produtos alimentares que tenham ovos na sua composição mas que não tenham qualquer outro produto de origem animal
  • Veganismo ou vegetarianismo estrito – não come qualquer alimento de origem animal nem produto alimentar que contenha qualquer ingrediente da mesma origem

Os motivos que levam um indivíduo a tornar-se vegetariano podem justificar desde logo o formato de vegetarianismo que pretende adoptar, assim como outras exclusões alimentares.

De uma forma geral, um indivíduo que queira abraçar o vegetarianismo como filosofia alimentar por pretender uma alimentação mais “pura” ou natural e pelo respeito pela vida e bem-estar animal, exclui totalmente alimentos e bebidas que não sejam produzidos com técnicas que respeitem estas suas prioridades. E pode mesmo restringir igualmente a utilização de outros produtos na sua vida que não sigam os mesmos cuidados (ex:. Produtos de beleza e higiene pessoal). Esta é a forma mais pura e coerente de vegetarianismo, existe uma componente ideológica forte e uma grande coerência nas opções de vida do indivíduo e não é uma “Moda”.

No entanto, infelizmente como qualquer abordagem alimentar, também foi moda nas opções de dietas de emagrecimento e nesse sentido muitos indivíduos começaram a ser vegetarianos pensando que seria a solução para baixar o peso. Se a alimentação, com ou sem carne, for desregrada, não é este o caminho.

É igualmente importante ter em conta que, embora faça confusão a muitas pessoas, ser vegetariano estrito (ou outro) não passa por ingerir alimentos que dizem ser “vegan friendly” (bolachas, refeições congeladas, fast food, etc.). Um dos princípios desta prática alimentar tem subjacente a procura de uma alimentação mais pura e mais natural com respeito à vida animal e à natureza em si pelo que a substituição dos produtos de origem animal pelas suas alternativas deve ter isso mesmo em conta.

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Filipa Vicente
Filipa Vicente
Nutricionista (CP1369N) e Professora universitária (IUEM). Escreve para o Correr Por Prazer desde a sua criação em 2008. É essencialmente uma facilitadora de escolhas na busca da melhor versão de nós mesmos. Site oficial: https://nutrium.io/p/filipavicente/blog

1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns pelo artigo sobre vegetarianos,vc usou de uma abordagem clara e também respeitosa a nós vegetarianos como vc bem explicou é uma filosofia de vida não um modismo sou corredora desde 2009 e quando vejo um tema sobre esportes e vegetariano fico sempre com o pé atrás pq a maioria das pessoas só sabem fazer piada e ridicularizar!
    Para quem é atleta tem sim que ter cuidado redobrado com a alimentação mais isso não quer dizer que um vegetariano não possa ser um atleta!

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