No mês passado falámos da importância da massa no controlo do peso e da gordura corporal, em Maio celebramos o mês do Coração. Os cuidados na alimentação são determinantes em 4 dos 6 fatores de risco.
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No entanto, este não é mais um artigo a dizer o que não pode comer, em vez disso trazemos novidades frescas de como pode melhorar a sua saúde cardiovascular com um bom prato de massa.
A doença cardiovascular é a causa de morte em 30% dos casos em Portugal, tem vindo a descer fruto das diversas iniciativas de prevenção mas também dos avanços científicos em matéria de terapêuticas farmacológicas dos fatores de risco. Ainda assim, devemos ter consciência de que é um grupo de doenças em que a prevenção tem um enorme potencial uma vez que os fatores de risco são sobretudo de natureza comportamental.
São fatores de risco para a doença cardiovascular:
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Excesso de peso
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Hipertensão arterial
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Hipercolesterolémia
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Sedentarismo
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Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas
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Tabagismo
A hipercolesterolémia é um fator de risco com elevado peso nesta doença e em que a alimentação pode intervir de forma mais significativa. Não se trata de fazer restrições mas sim de adicionar componentes bioativos que podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol total e especificamente os de LDL.
Uma das estratégias nutricionais que mostrou até à data maior evidência em reduzir estes parâmetros foi a introdução de fibras solúveis presentes em cereais como a aveia, o centeio e a cevada. Dentro destas fibras, incluem-se os beta glucanos, uma fibra solúvel e viscosa presente sobretudo na aveia que já tinha sido apontada como um cereal muito interessante na redução dos níveis de colesterol e do risco cardiovascular 1,2,3.
O mecanismo que justifica a redução dos níveis de colesterol não está totalmente esclarecido mas estas fibras são conhecidas por induzir alguns fenómenos interessantes numa perspetiva do metabolismo do colesterol4:
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Prolongam o esvaziamento do estômago inibindo o transporte de triglicéridos e colesterol pelo intestino;
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Reduzem a absorção do colesterol através do lumen intestinal;
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São fermentáveis, levando à produção de ácidos gordos de curta cadeia nomeadamente o ácido propiónico conhecido inibidor da HMG-CoA redutase, a enzima responsável pela síntese endógena de colesterol.