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Orientista francês Frederic Tranchand rendido ao trail e aos Açores

Orientista francês Frederic Tranchand rendido ao trail e aos AçoresFoi uma das estrelas principais do Golden Trail Championship realizado nos Açores, ao conseguir a medalha de bronze na classificação geral. Vamos conhecê-lo um pouco melhor!

Nasceu em Saint Chamond, em 1988, vive em Turku na Finlândia onde representa o clube Paimion Rasti.

Surpreendeu a maioria dos amantes da Orientação ao ganhar a medalha de bronze no Campeonato do Mundo em 2010, na prova de sprint. Durante vários anos o sprint foi a sua especialidade, mas desde então atingiu um nível muito alto também na distância longa. Em 2015 conseguiu alcançar o 4º lugar no Mundial em distância longa, e tem vários resultados de relevo no Top 10, tanto em sprint, como longa distância em Campeonatos do mundo, Campeonatos da Europa e Taças do Mundo.

Fez parte nas principais equipas de estafetas  da seleção francesa, tendo conseguido medalha de prata no Europeu em 2010 na Bulgária e medalha de bronze no  Europeu de 2012 na Suécia, Europeu de 2014 em Portugal, Campeonato do Mundo de 2014 na Itália e Campeonato do mundo de 2015 na Escócia.

Ocupa atualmente o 6º lugar do ranking Mundial, em média e longa distância e o 27º em Sprint.

Em 2020 faz a sua prova de fogo no Trail ao conseguir o segundo lugar em Sierre-Zinal, atrás apenas de Kilian Jornet. Algumas semanas depois, consegue uma vitória magnífica no Skyrace des Matheysins. E assim em poucos meses vê-se envolvido com os melhores do mundo nos Açores, não desapontando em quem nele apostou!

Sempre simpático e sorridente, todos o conhecem como Fredo.

O Fredo respondeu amavelmente a algumas perguntas para todos perceberem melhor o seu percurso desportivo:

Como começou a tua pratica desportiva e principalmente na Orientação?

Comecei a praticar Orientação aos 10 anos porque o meu irmão mais velho já praticava e estava muito bem lançado na modalidade. Próximo da vila onde nasci, há um clube muito ativo que me ensinou tudo sobre o desporto e percorri toda a França em competições. A equipa regional era um lugar perfeito para fazer amigos e desenvolver a técnica. Finalmente veio a seleção nacional e a integração num clube escandinavo (Finlândia) permitiram que eu realmente me concentrasse na Orientação e conseguisse evoluir bastante.

Como surgiu a ideia de participar no Golden Trail Championship?

Este ano, quando todas as competições internacionais de Orientação foram canceladas, fiquei muito motivado para fazer algumas outras provas, principalmente a corrida de trail.
Eu corri o Sierre-Zinal em agosto e consegui classificar-me para este evento. Claro que foi muito motivador para mim !!

Como podes descrever essa experiência na tua já famosa carreira desportiva?

Este evento foi totalmente diferente e provavelmente das coisas mais difíceis que já tinha corrido antes, estava super entusiasmado com este novo desafio, mas também com bastante medo de não o conseguir concretizar!
Também estava curioso para ver o meu nível comparado aos melhores especialistas do mundo de trail running, para poder avaliar o meu valor nesta disciplina.

Achas que estavas pronto para enfrentar este desafio?

Eu claramente não tinha a certeza de estar pronto, mesmo que esse evento estivesse na minha cabeça durante alguns meses. Quando comecei a preparar-me, apercebi-me que tinha uma resiliência muito boa e geralmente recuperava de maneira relativamente rápida. No entanto, eu não sabia se minhas pernas, músculos e  articulações iriam sobreviver!!

Como vais gerir os teus objetivos no futuro, tendo tantas possibilidades de vencer em diversas modalidades?

Vou tentar combinar os 2 calendários de competição: A Orientação e o Trail Running.

Qual é o teu maior objetivo na próxima temporada na Orientação?

O Campeonato Mundial de Orientação na republica checa, em julho próximo, ainda deve ser o objetivo principal.

Qual a tua opinião sobre a organização e sobre esta ilha do arquipélago dos Açores?

Organização incrível!
Especialmente durante este período muito complicado com a Covid !! Não tenho certeza de como eles conseguiram, mas foi muito bom!

As ilhas dos Açores são lindas, na sua maioria muito verdes com vegetação luxuriante e muito interessantes com os vulcões! Foi bom vê-los, embora o tempo não estivesse ótimo durante as corridas (só vi o sol no dia seguinte).

Fotos:  worldofO, @jsaragossa, martina Valmassoi

Webpage: http://fredtranchand.blogspot.fr
Twitter: @FredTranchand
Facebook: https://www.facebook.com/FredTranchand
Instagram: https://www.instagram.com/fredtranchand/

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